segunda-feira, 21 de julho de 2014

CASARIO AMARELO NUMA TARDE QUIETA

 

Casario amarelo numa tarde quieta, mordendo vistas que fogem para o mar Azul 
 
E eu sinto um peito agreste como o feno bravio que um dia te afagou a pele nua
Altares, amores, melancolias claras, temores, ensejos 
Mais de um século numa noite efémera
Sempre bebendo palavras que são tuas, são tuas
 
Peles nuas numa aurora celeste que ainda não há 
E é um manto negro com cores vivas misturadas num fumo doce que me enleia 
Não tenho visto o teu sorriso ultimamente e dizes-me 
Sossega amor é silêncio de ausência física, porque o meu corpo anseia pelo teu 
Sossega, amor, sou tua e és meu 
Periclitante crente na aurora fria em que contemplo uma aparição divina 
Tua silhueta magnética 
Meia hora de abraço como é doce teu toque, como é macio teu cabelo negro 
Teu cheiro a água de lima numa cidade cosmopolita europeia 
E sou feliz. E não mais partirás…
(rodriguez 2014)

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