Lembro-me quando te vi naquele baile de estátuas
Rochas amargas que depois toquei em tuas mãos
Tua face era de cera lavada por água de rosas
E teus cabelos eram o fio da vela que ardia sobre ti
Depois vi-te dançar por entre os monumentos
Que foram felizes, tocavas em alguns deles
E sorriam, depois ajoelhavam-se
Já com auréolas de arco-íris
E morriam…
Tocavas sempre nos mais incolores e sombrios
Lembro-me de ouvir a melodia por ti encomendada
Era de glaciar luzente e fervente, das montanhas
Do esquecimento
Era de fumo azul-negro, de melancolia frenética
E o teu olhar…
Olhei o chão de pregos invertidos, caminhavas sobre eles
Olhei o céu da cor de chão de sangue…
Olhei enfim teus olhos
E vi o céu que outrora conhecera.
Lux. Jan. 2003
Rochas amargas que depois toquei em tuas mãos
Tua face era de cera lavada por água de rosas
E teus cabelos eram o fio da vela que ardia sobre ti
Depois vi-te dançar por entre os monumentos
Que foram felizes, tocavas em alguns deles
E sorriam, depois ajoelhavam-se
Já com auréolas de arco-íris
E morriam…
Tocavas sempre nos mais incolores e sombrios
Lembro-me de ouvir a melodia por ti encomendada
Era de glaciar luzente e fervente, das montanhas
Do esquecimento
Era de fumo azul-negro, de melancolia frenética
E o teu olhar…
Olhei o chão de pregos invertidos, caminhavas sobre eles
Olhei o céu da cor de chão de sangue…
Olhei enfim teus olhos
E vi o céu que outrora conhecera.
Lux. Jan. 2003