domingo, 30 de setembro de 2012

OUTONO


Sentido agudo perpassa a matriz da alma
Alada
Que já não se ergue
Porque pesa e é semente demente.
Ânsia doente na cinza da claridade outonal
Tudo é nada, amor alado mudou de lado
E é vida arrastada pela borda da estrada que leva cansada
Um corpo opaco.
Seiva espessa invade a cabeça e cérebro mole no sono se enrola
Enrola…

É como a gaiola do pássaro indiferente
Cujo método maquinal amarelo normal
É sombra de vida

É vida sombria
É alma vazia.

rodriguez 2010