quarta-feira, 28 de abril de 2010

CLUBITE AGUDA

O Benfica vai ser campeão, parabéns. Mas não é nada de especial, depois de anos a penar, até confesso que gosto de ver os lampiões todos lampeiros e eufóricos a degustar o sabor da vitória como se fosse inacreditável para tal clube chegar ao topo da classificação, como se fosse mesmo a primeira! Deste trono privilegiado onde o portista se senta, olho em volta pelo estatuto que o meu clube ostenta de títulos e títulos aquém e “além mar”; rio-me eu até por vezes perante tal “pobreza” de festejar tanto e tanto quando nem sequer se é totalista da Champions, apenas se ganhou um simples campeonato. Mas as televisões andam loucas de ansiedade, o Record vende páginas e páginas com a ida ao WC do David Luís, o Araújo Pereira desespera por emprego... perdão, por vestir a camisola. Resta-me ao menos o Aleixo, que penso ser portista, apesar de não ostentar.
Na verdade, regozijo-me por às vezes sentir umas saudadezinhas maldosas dessa sensação da travessia do deserto e da vitória após o jejum…terá outro sabor? Olhando para a lampionagem, creio que sim. Como não sei o que isso é desde que me conheço por nascido, pode ser que agora aconteça. Não é que eu queira, obviamente; se há coisa que não sou em regra é hipócrita, todavia penso sempre que os maus momentos têm algo de bom e após uma noite de lágrimas há sempre a bonança apregoada.
Há no entanto um fenómeno que verifico relativamente aos adeptos do clube do “regime”: as vitórias por decreto que os 6 milhões sempre apregoam quando se pavoneiam “ofendidinhos” como enganados diante das glórias do FCP. Ele é os árbitros, os apitos dourados, os não sei mais o quê. Não me lembro nunca de ver um único benfiquista a admitir que o FCP foi melhor e isso é o não saber perder, como aquela mentalidade mesquinha portuguesa de se conformar com o fatalismo e nada fazer para ter sucesso. A crise também está aí. Mas não é tanto esta, mas sim aquela deixada pelo coitado do jovem Sebastião, que dura desde 1578. Mas por que raio haveria um rei teenager de ganhar uma guerra qualquer no meio dos desertos, quando nem sequer devia para lá ter ido, tão pouco a preparou convenientemente. Só pela insana vontade de dominar? Como se fosse decreto?
O Porto vai voltar a ganhar, mas para já, temos que aceitar a derrota porque eles foram melhores. Mas o século é nosso! Isso não há conselho de justiça ou túnel que nos tire.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

GRAVES

Robert Graves, o poeta, não o físico

Doença tiroideia descrita por Robert Graves em 1835, a doença de graves é uma doença auto-imune (tipo de doença na qual nosso corpo ataca a si próprio, criando auto-anticorpos). A doença pode acometer todo o corpo, mas classicamente envolve os olhos, a tireóide e as pernas (chamados respectivamente de oftamopatia de graves, hipertireoidismo e mixedema pré-tibial), apesar de ser raro os pacientes apresentarem estas três ao mesmo tempo. Aproximadamente uma em cada 1.000 mulheres apresenta a doença e os homens são cerca de cinco vezes menos acometidos. Destes pacientes apenas 5% vão apresentar doença grave nos olhos.
Muitas pessoas apresentam a doença nos olhos e exames de tireóide normais, algumas delas vão apresentar alteração nos exames depois de anos da doença e outras sempre terão exames normais. A medicina ainda não tem explicação para isto.
A doença geralmente não afeta diretamente o olho, mas os músculos ao redor dele, chamados de músculos extra-oculares. Estes músculos são responsáveis pelos movimentos dos olhos. Como conseqüência da doença os músculos ficam inflamados e depois retraem, podendo causar limitação da movimentação do olho e visão dupla ou estrabismo (quando um olho parece desalinhado em relação ao outro).

Sintomas:
Exoftalmo (olhos saltados), retração das pálpebras (também dão impressão de olhos saltados ou arregalados), olhos vermelhos, inchaço ao redor dos olhos, sensação de olhos secos ou de pressão nos olhos e, mais raramente, perda de visão e problemas na córnea. Pode envolver apenas um olho ou os dois.
Quando se suspeita de alteração ocular deste tipo são solicitados exames de tireóide e, no caso de alteração o paciente passa a ser acompanhado também por um endocrinologista.

Tratamento:
Depende da fase da doença. Remédios ajudam a controlar a função da tireóide e a inflamação dos músculos extra-oculares. Se houver estrabismo ou os músculos estiverem muito inchados pode ser necessário cirurgia para corrigir o problema. Às vezes o paciente deseja uma correção da aparência e pode ser realizada cirurgia plástica pelo oftalmologista para diminuir a aparência de olhos saltados. Raramente pode ser necessária radioterapia para controlar a glândula tireóide ou o inchaço dos músculos ao redor do olho.

clínica Belfort