sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Volúpia (Sonho VIII)

Nuvens de cordeiros
Irrompem pela aurora hedónica
Que desce pela gigantesca cascata
Da matéria adormecida
É o início.
Depois é o perfume abrasivo
Imenso
De azul e vermelho-fogo
O palpitar frenético já lá está
Elevação virtual.
Agora é o sangue que golpeia
Pelos olhos rasgados da serpente
Sangue espesso inexplicável
Talvez o licor paradisíaco
Das Deusas bebido.

E sinto o escorrer
Por minha face de água
Mil rosas vermelhas
Presente de Vénus.

Lux. 20/07/1997
02.30 a.m.

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