Casario amarelo numa tarde quieta, mordendo vistas que fogem para o mar Azul
E eu sinto um peito agreste como o feno bravio que um dia te afagou a pele nua
Altares, amores, melancolias claras, temores, ensejos
Mais de um século numa noite efémera
Sempre bebendo palavras que são tuas, são tuas
Peles nuas numa aurora celeste que ainda não há
E é um manto negro com cores vivas misturadas num fumo doce que me enleia
Não tenho visto o teu sorriso ultimamente e dizes-me
Sossega amor é silêncio de ausência física, porque o meu corpo anseia pelo teu
Sossega, amor, sou tua e és meu
Periclitante crente na aurora fria em que contemplo uma aparição divina
Tua silhueta magnética
Meia hora de abraço como é doce teu toque, como é macio teu cabelo negro
Teu cheiro a água de lima numa cidade cosmopolita europeia
E sou feliz. E não mais partirás…
(rodriguez 2014)