Volta espuma negra que consome o peito agora lembrado do
passado ofuscante e sufocante onde pássaros negros de cores rosadas dançam por
colinas que são sábias que são altas próximas do além uno
E o sentimento de saudade a saudade sempre quente mas
esquecida da felicidade efémera e melancólica Sempre serei esgar dessa espuma
vulto curvado oriundo da terra que é feita de mágoa dobrada de água
Olho perco a olhada num tempo eterno de madrugada nocturna e
soturna sentindo o fundo do peito cada vez mais perto porque aberto desperto
ameno calor noite de amor esquecida na lua perdida
A vida que fura por entre devaneios obtusos dormentes gestos
sonhos lestos
Arestas de amor feitas de letais vértices de dor amargo
vaguear
E à noite durmo por entre pontos curvos pintados sonhando
ter encontrado enfim
Assim
Como este som grave autocarro de almas que não querem ficar
aqui
Neste tempo
Tormento
Lento
Volta.
(rodriguez (rew.) 2014)
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