sábado, 21 de junho de 2008

Saudade


Volta espuma negra que consome o peito agora lembrado do passado ofuscante e sufocante onde pássaros negros de cores rosadas dançam por colinas que são sábias que são altas próximas do além uno
E o sentimento de saudade a saudade sempre quente mas esquecida da
(felicidade efémera e melancólica)
Sempre serei esgar dessa espuma vulto curvado oriundo da terra que é feita de mágoa dobrada de água Olho perco a olhada num tempo eterno de madrugada nocturna e soturna sentindo o fundo do peito cada vez mais perto porque aberto desperto ameno calor noite de amor esquecida na lua perdida
A vida que fura por entre devaneios obtusos dormentes gestos sonhos lestos
Arestas de amor feitas de letais vértices de dor amargo vaguear
E à noite durmo por entre pontos curvos pintados sonhando ter encontrado enfim
Assim
Como este som grave autocarro de almas que não querem ficar aqui
Neste tempo
Tormento
Lento
Volta.
(rodriguez Maio 2008)

4 comentários:

Anónimo disse...

discurso a lembrar Lobo Antunes, mto bom

Anónimo disse...

Já sabia q tinhas queda para a escrita, mas não a este ponto... quero mais...

Anónimo disse...

Sabes, não sendo tão poética, também eu, às vezes, sinto saudades!!! Saudades do passado, das coisas passadas, umas boas, outras , nem tanto, mas, ainda assim sinto saudades!!!Algumas vezes, ainda sinto saudades tuas!!!!Beijos!

Rodriguez disse...

Quem é o anónimo q sente saudades minhas??