quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

TÉDIO BOYS


Banda de Coimbra com uma história ímpar em Portugal. Apesar de não terem tido grande mediatismo a sua influência na música portuguesa é enorme, por ter gerado várias bandas como d3Ö, Wraygunn e Bunnyranch. Nasceram como um lado B da banda É Mas Foice
Começaram por tocar nas ruas da cidade de Coimbra, tendo sido expulsos pela polícia. Mais tarde tocam no palco da Queima das fitas, espetáculo que ficou marcado pela actuação em nudez dos seus elementos.
O nome da banda vêm, segundo o vocalista Toni Fortuna, do tédio que se vivia na cidade de Coimbra na altura.
O grande sucesso da banda fez-se nos EUA, onde fizeram várias digressões.
"Filhos do Tédio", é um documentário com cerca de 48 minutos de Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire sobre o percurso desta mítica banda.
Actualmente, os vários elementos têm outros projectos. Toni canta nos d3Ö, Kaló está nos Bunnyranch como baterista e vocalista. O guitarrista Vitinho agitou Londres com The Parkisons e Paulo Furtado conhece o êxito com os WrayGunn e o seu projecto a solo Lengendary Tiger Man.
Wikipedia


Os Tédio Boys eram uma referência musical sempre presente quando vagueava por Coimbra em tempos estudantis. Espécie de bandeira cosmopolita de circuitos independentes da música coimbrã, constava que os Tédio tinham sucesso nos liceus americanos como ninguém, mas o que é certo é que a música estridente de cariz rockabilly da banda do actual Legendary Tiger Man ecoava pelas noites tertulianas de atmosfera mais freakItálico e pelas latadas que acabavam em Maio.
Recordo especialmente um concerto a que assisti no célebre (mini) auditório da AAC com o meu amigo João Paublita. Era, se bem me recordo, um dia de semana ao fim da tarde, ambiente até nada propício a esse tipo de eventos. Várias pessoas foram enchendo o auditório, não seriam mais do que umas 50, porque aquilo não levava mais.
Os Tédio Boys entraram como qualquer banda, mas a determinada altura lembro-me de cadeiras amontoadas no canto do auditório, outras ainda a voar para o mesmo sítio e o pessoal em saltos e gritos demoníacos, tal era o frenesim causado pelo som dos rapazes do rock. Ainda hoje recordo a metamorfose repentina que foi aquele micro-concerto, a dimensão gigantesca que de repente ganhou, com as janelas tapadas por caras ávidas para entrar.
E este é o melhor elogio que posso fazer à rapaziada que acompanhava um Paulo Furtado de pose serena e imperturbável, o único que mantinha a compostura.

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