segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DIA 2: OASIS





Lisboa continua uma cidade intensa. A viagem foi rápida e calma. O Pavilhão Atlântico não estava cheio e a entrada foi psicadélica. Ver os Oasis ao vivo é como desfrutar de uma experiência fulgurante, daquelas que provavelmente só acontecem umas 10 vezes em toda uma vida.
A banda dos irmãos Gallagher oferece um espectáculo cuja produção é a das grandes bandas rock e cujo som feito de melódicos exageros eléctricos é um elixir contra o marasmo quotidiano. Os Oasis produzem uma música que é muito mais que meros resquícios beatlianos, canções cuja contemporaneidade é visível, não só no aparato mediático que é a própria banda, mas pela beleza toldada de alguma violência que a tonifica e lhe dá vida. Temas como "Wonderwall"; "Don't look back in anger " parecem destinados a eternizar-se. "Supersonic", "Rock'n roll star", " Cigarettes and alcohol" traduzem e resumem quase toda a música dos anos 90, e o novíssimo "Dig out your soul" parece constituir uma nova viragem depois da padronização dos últimos álbuns.
Liam Gallagher surgiu no palco do Pavilhão Atlântico , com um muito elegante casaco preto napoleónico, que não tirou até ao final do concerto. Sempre muito selecto e elegante, sempre muito fechado e distinto, até na forma única como se curva debaixo do microfone para cantar de lábios colados ao mesmo. Porém, desta vez afável ao ponto de oferecer ao público duas das suas famigeradas pandeiretas.
De facto, Liam é algo de importante e incontornável além do mero "enfant térrible" do rock. Trata-se de um vocalista de eleição, cuja voz dá um encanto quase infantil aos Oasis, por isso a banda não pode viver sem ele, mesmo quando se diz que é Noel o cérebro.
E Noel - depois de apelar ao público que pedisse a Mourinho para ir treinar o City - ofereceu à plateia belas interpretações incluídas no último álbum Dig out your soul, onde divide a interpretação vocal quase a meias com o irmão. Na verdade temas como "Bag it up", "I´m outta time" ou "Falling down" provaram ontem que os Oasis estão vivos e talvez numa nova era da sua música.
Depois das altas emoções vividas ontem no Pavilhão Atlântico, sinto-me hoje saudoso de "Supersonic", "Champagne supernova" ou do acústico "Don't look back in anger", interpretado pelos milhares do Atlântico, obedecendo em êxtase ao maestro Noel.
O concerto durou cerca de uma hora, logo secundada por mais 40 minutos de "encores" que, tal como acontecera na primeira hora, foram compostos por um intercalar de velhos temas com os novos. E a noite se foi com "I am the Walrus", o tema dos Beatles recorrente na banda de Manchester. Os Oasis a partir e o Porto como horizonte.



1 comentário:

Anónimo disse...

Estive lá e posso dizer q tenho pena q o pavilhão n estivesse maischeio..mmo assim, foi um concerto mto intenso, como sp são os proporcionados pelos irmãos terríveis de Manchester...
parabéns pelo blog